13 dezembro, 2017

OPRIMIDOS E OPRESSORES

O Opressor atacou novamente. Desta vez me presenteando com a consciência. Como diria a filosofia freiriana, tão clinicamente relevante, a conscientização é a arma. Mas do que quero tratar hoje não são os feitos do opressor, muito menos suas benfeitorias. Quero falar do oprimido que virou opressor. Éramos quatro. Todos dias uma mensagem. Um carinho. Da minha parte total entrega e confiança. Ano passado, por esses dias, Opressor atacou. Te expulsou sem dó. Te humilhou. Te reduziu a pó. As três restantes viraram esteio, cama, travesseiro, luta, coragem, peito, desafio. Vencemos o Opressor. Te exaltamos. Te colocamos de volta. Te colocamos no céu. Juntas! Por esses dias, ele ataca as três que sobram, o que aquela uma conseguiu fazer: "um abraço pra ti...". Não empatia, compaixão, cama ou travesseiro, muito menos a luta. E assim me mostras que de oprimida eras opressora. Quando tiveste o poder de mostrar tua consciência, era de egoísmo.

26 outubro, 2016

comportamentos mediados verbalmente

Comportamentos são resultados da interação do organismo com o mundo histórico e imediato. A linguagem é um comportar-se verbalmente. Emitir um comportamento mediado verbalmente estabelece uma relação de conexão com, surgimento de. Na ocasião na qual um organismo emite um comportamento em conexão com o mundo com uma mediação verbal, dois elementos faz-se necessário: a linguagem e o outro. O ouvinte é o mediador do falante o mundo. Ao emitir comportamentos verbais para um ouvinte, este que tem treino da comunidade apropriado, está apto a responder ao falante, esta relação reforça o comportamento do falante e do ouvinte. Dizemos que houve um episódio verbal.

28 maio, 2016

A responsabilidade me dada é minha.

A responsabilidade me dada é minha. Me foi dado a responsabilidade de ensinar, ensinar um conteúdo previamente programado, com data para começar e para terminar. Pronto. Para isso me pagariam um bom valor em dinheiro. Ok, aceito. Estou precisando. E lá fui eu, fazer o que me foi solicitado. Dia 01, OK. Dia 02, ok. Dia 03, ok. Dia 04, pera, alguém me adicionou no Facebook. Ah, é um aluno, ok! Dia 05, Professora, posso lhe dar um abraço? Ah, ok! Dia 06, Professora, a senhora está bonita hoje, ok! Dia 07, Professora, eu decidi que vou seguir o seu caminho, serei analista do comportamento, ok! Dia 08, Essa professora é horrível. Vamos tirá-la. Dia 09, Professora, estou com a senhora, a senhora tem meu apoio. Dia 10, professora, posso ser monitor da sua disciplina?. Dia 11, Professora, o seu conteúdo é difícil demais, pode parar com isso, caso contrário lhe denunciarei para a coordenação. Dia 12, Professora, a senhora é um exemplo de mestre. Dia 12, professora, eu não vou fazer seu trabalho, como a senhora pode resolver isso?. Dia 13, professora, eu amei fazer seu trabalho. E quem me enganou dizendo que eu precisaria apenas ensinar um conteúdo previamente estabelecido sabia que tudo isso aconteceria? Tenho 30 anos e ministro aula, formalmente, há 2 anos. Sai da faculdade há 5 anos. E todos os dias acordo e tento me apropriar do que me deram. Mas o esforço é maior, preciso me apropriar do que não me deram. Preciso me apropriar do que querem de mim. Querem de mim, mais do que o conteúdo, querem a minha presença, querem meu cuidado, querem meu olhar, o meu sorriso, a piada no meio da aula, a compreensão, e querem até o meu idiotismo. Eu aprendi a dar tudo isso nesses dois anos. Aprendi a oferecer inclusive o que não tinha, ou pelo menos achava que não tinha. E sempre me espelhei, inconscientemente-e-agora-ficou-consciente, em alguém que sempre abriu as portas pra mim. Sempre. Esse cara, chamado Olavo Galvão, abriu as portas do laboratório para uma cientista de quintal durante muitos anos. E hoje, ao ouvir de alunos que eu abri portas a eles, me enche de um orgulho avassalador. É louco porque não tenho exata propriedade disso, simplesmente faço o que acho que tenho que fazer. Mas eu preciso me atentar nos efeitos disso no mundo do outro. E eles são tão novinhos, muitas vezes frutos de fracasso (porque não passaram em uma federal) e encontram ali a chance de serem o melhor que puderem ser. Preciso aceitar que a responsabilidade que me é dada é minha. Meu coração está cheio de Tiagos, Dieles, Thamires, Veras e tantos outros...

21 maio, 2015

Ele chegou e já foi.

E não é que apareceu? Apareceu como quem não quer nada e sem disposição pra ficar. No momento em que te vi apitar, no caos, foi como um bote salva-vidas. Por favor, me salve. Eu gritei. O bote apareceu ao acaso, perdido na madrugada do mar. Arriscando para mais um ser mergulhado na mesma madrugada e mar. Vingou. Deu certo. Alguém te segurou, bote. Mas o bote faz isso todos os dias e a alma clamante não era tão interessante assim. Mas algo chamou a atenção do bote, querer a alma sobre ele. O corpo pulsante de desespero. Mesmo sem falar, o bote queria desespero e tesão. Não teve. O bote largou o corpo na madrugada do mar. Foi em um busca do desespero. [[

01 março, 2015

Prazer, sou Teresinha

Hoje quero falar dos meus amores... E o quanto me identifico com Teresinha de Chico. É claro que não vou falar dos meus amores... rs, apenas que estou a espera do meu terceiro...