A vida dá voltas e voltas...
Em um triste dia há uma decepção para marcar suas emoções, e fazer você gritar: "eu quero morrer". Em outro dia, agora não triste, mas confuso e cheio de ideias malucas, você decepciona alguém, e olha que obra do acaso, a mesma que te decepcionou naquele dia tão triste, e agora você ouve: "suma da minha vida". E eu fui, sumi da vida de quem fiz sofrer, e que nunca soube que me fez sofrer também... e por que não soube?
Submeter minhas emoções para não perder algo maior, algo que chamei de "amizade"... criar inúmeras justificativas pra vê-la atravessar a rua sem ao mesmo olhar pra trás ou fazer uma ligação, e me deixar sozinha.
Calar-me em nome de alguns telefonemas com os famosos "você tem que fazer isso, faz assim e não assim..."
Sofrer quieta até passar tudo.
Então, chega o dia, o confuso dia, em que é a minha vez de gerar a decepção. Fiz, refiz e fiz mais outra vez. Pensei? não! só senti, não havia espaço pra reflexões, havia espaço pra sensações torpes e vulgares, sensações fracas e distantes, moles e geladas, sem vida... mas haviam sensações! E ao fim, lambuzada de nada, os pensamentos começam a aparecer, incertos e cheios de mim... Mas, ao ver olhos tão carinhosos e amigos, não resisti, elas me vieram às emoções, e todo o meu eu saiu de cena pra então submeter-me à punição delas, as grandes vítimas de todo o mal... a grande vilã pedia arrego, e humilhou-se, chorou, topou viver algo que não lhe era mais bom pra alcançar a redenção.
De uma, amor, atenção, carinho e cobranças, exigências, preços a pagar...
De outra, o silêncio, o bloqueio e a rejeição.
Por que alguém submeteria suas emoções à algo maior, o que também chamei de "amizade"? Por que alguém criaria inúmeras justificativas pra proteger algo? Isso não existe, é patifaria!
E, isso, tornou-se uma lição de vida, se algo te fere, não engula à seco, não deixe descer, mostre seu total desprezo, é isso que conta, a crucificação de um todo por uma parte.
Mas, e aí? É possível esquecer mesmo? É possível ignorar em seus pensamentos? É possível engatar um casamento feliz com tanta amargura por dentro? Se for possível, me ensine, outra!
Que ano!
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